segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não tema o novo


A vida é marcada por novidades. À medida que vivemos, deparamo-nos cotidianamente com inúmeras descobertas. Em determinados momentos, as novidades vividas são ruins, em outros, são boas, mas, querendo ou não, o “novo” sempre vem e mudanças sempre acontecem. Alguém que vai embora, um emprego que se perde, um amor que vai embora, a vida nos reserva muitas surpresas e, por intermédio delas, podemos sempre crescer.
Existem mudanças que podem ser positivas, outras até mesmo necessárias. Quando rompemos com o medo, assumindo, com humildade, a graça de não sermos sabedores do futuro, podemos ser extremamente formados pelo mistério, que, aos poucos, vai se revelando, desvelando nossa verdade e acrescentando àquilo que somos.
O “novo”, as mudanças, as perdas revelam aquilo que somos, pois, à medida que vamos reagindo diante de cada nova situação, vamos descobrindo novas áreas de nós mesmos, e podemos compreender um pouco mais quem somos nós. Não é pela ação que você conhece uma determinada pessoa, mas por suas reações, pois, as ações podem ser programadas e as reações sempre são naturais.
Cada tempo novo, cada situação nova na vida, é um momento privilegiado para se descobrir no melhor e no pior, nas fraquezas e nas virtudes. Não existe crescimento sem autoconhecimento. Por isso não podemos temer o “novo”, pois quando o vivemos bem, deixando as coisas acontecerem a seu tempo, crescemos significativamente na compreensão do mistério que somos nós.
Não fugir de si mesmo, e de algumas mudanças necessárias, é um caminho de cura e maturidade. Enfrentar-se, com humildade e paciência, diante das próprias limitações, significa preparar o caminho para a virtude.
A felicidade habita no coração que, aos poucos, se torna livre, natural e sem ilusões a respeito de si e da vida.
Não tema o “novo”, as mudanças, enfim, não tema se descobrir. Permita que a vida lhe ensine a se aceitar e amar aquilo que você realmente é, desprendendo-se de ilusões e de idealizações irreais.
Quando começamos a nos compreender, alcançamos a capacidade de transformar “invernos” em belíssimas “primaveras”. Faça essa experiência!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O valor da hospitalidade


É muito importante a hospitalidade. Talvez seja um dos mais significativos gestos fraternos na vida, porque supõe acolhida e valorização das pessoas na sua individualidade. Ela cria relacionamento e convivência, provoca o diálogo e amadurecimento na vida comunitária.
Isso aconteceu na vida de Jesus quando visitou a casa de Marta e Maria, certamente irmãs de Lázaro a quem Ele bem conhecia. As duas irmãs O acolhem com carinho, tendo cada uma delas comportamento próprio. Jesus, como visitante, leva em conta as suas atitudes.
Marta, provavelmente a mais velha, age no cuidado da casa e em preparar o necessário para a boa acolhida e hospitalidade. Isso era o normal na vida das pessoas em suas residências. Era a correria para cumprir as tarefas nos momentos certos da casa. Maria, mais centrada talvez, fica sentada ao lado de Jesus e vai apreciando as Suas palavras. Ela teve uma atitude de escuta e de contemplação do que estava ouvindo do Mestre. Sabemos do valor e do sentido disso na vida.
É bom hospedar e cuidar bem das pessoas. Mas isso tem grande valor quando criamos diálogo, amizade, relacionamento e valorização das palavras. Por essa razão, o Senhor fez questão de valorizar a atitude de Maria e criticou a agitação de Marta.
A hospitalidade leva à comunhão quando valorizamos as nossas palavras. Com isso crescemos no conhecimento e na convivência fraterna, partilhando as alegrias e os sofrimentos, que fazem parte da vida de todas as pessoas.
O caso de Marta e Maria nos leva a retomar as nossas opções. Conclama-nos a viver em equilíbrio e com prazer cada instante da vida. A nossa atuação deve ser centrada no essencial, no mais necessário. O serviço ao próximo não pode ser dissociado da convivência fraterna.
Enfim, a hospitalidade está na dimensão da gratuidade, que é um desafio num mundo como o atual. O que vemos hoje é a predominância do medo, o isolamento, a privacidade, o individualismo, o excesso de trabalho e a falta de tempo. Assim perdemos a oportunidade do amor fraterno.

domingo, 4 de julho de 2010

Queimaduras

A ONG CRIANÇA SEGURA aproveita o mês de julho para fazer um alerta para o risco da queimadura e a importância de prevenir este acidente. Além das festas julinas, também conhecidas pelos riscos dos fogos de artifício e fogueiras, no dia 06 de junho é lembrado o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras.

Somente no ano de 2007, 337 crianças morreram e mais de 15 mil foram hospitalizadas vítimas de queimaduras, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil. Este tipo de acidente ocorre na maioria das vezes no ambiente doméstico por meio do contato com líquidos quentes, fogo e outras fontes de calor e também choques elétricos. É o caso da criança atingida pelo líquido quente de uma panela ou da criança exposta à corrente elétrica pelo contato com uma tomada, por exemplo. Alguns fatores contribuem para que a criança torne-se uma vítima mais frágil como a proximidade dos órgãos e a pele mais fina.

As conseqüências causadas pelas queimaduras podem ser muito graves, principalmente no caso das crianças, resultando em seqüelas físicas, emocionais, financeiras e sociais permanentes ou mesmo a morte.

O perigo do álcool: a CRIANÇA SEGURA também aproveita a oportunidade para reforçar a importância da participação da sociedade na Frente Nacional de Combate aos Acidentes com Álcool, uma campanha permanente para conscientizar os brasileiros sobre uma das maiores causas de queimaduras graves: o do uso do álcool em ambiente doméstico para limpeza ou acendimento de churrasqueiras, lareiras e até como substituto do gás de cozinha. Formado pela ONG CRIANÇA SEGURA, Associação Paulista de Medicina, a Associação Médica Brasileira, a PRO-TESTE e a Sociedade Brasileira de Queimadura, o movimento vem unindo esforços para estimular a votação da Lei 692/07 que restringe a venda do produto e está aberto à participação de toda a sociedade que pode manifestar seu apoio assinando o abaixo-assinado. A Frente também desenvolveu a cartilha “Segurança é Coisa Séria”, que traz informações sobre os riscos do produto e como evitá-los.

sábado, 3 de julho de 2010

É fácil seguir Jesus?


A Santa Eucaristia é a celebração do serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo pela humanidade.


O início da narrativa do Evangelho do décimo terceiro domingo do Tempo Comum é uma introdução solene da viagem de Jesus a Jerusalém. É o começo de Sua volta ao Pai e Ele apresenta Suas condições para quem quer segui-Lo. Mas não é tão fácil e simples seguir esse Jesus, que pôs o pé na estrada. Dois discípulos precisam ser "exorcizados” quanto ao preconceito racial e à intolerância religiosa. Outros são provocados a abandonar segurança, a rever prioridades e a romper laços familiares para pertencer a uma família que não se constitui a partir dos laços de sangue.


As palavras de Jesus neste Evangelho são dirigidas a todos os cristãos. Ele exige tudo de todos para sermos cristãos. Não podemos nos apegar nem mesmo à nossa alma, que é uma de nossas posses; devemos nos desapegar de tudo e seguir Cristo. Desde que dirijamos nossa vida para Deus, não devemos nos perturbar. É preciso vencer os prazeres carnais e conduzir nossa vida da melhor maneira, abandonando todo o restante para Aquele que tem o poder de fazer tudo o que quiser.


O Senhor nos conhece. Ele sabe que não nos transformamos de uma hora para outra. Mas o nosso objetivo deve ser ir nos aperfeiçoando até chegar ao ideal cristão. Não é fácil, mas é possível. Só depende de nos tornarmos cristãos autênticos. E, justamente porque não é fácil, é que é importante, valioso.


Somos humanos e passíveis de erros e imperfeições, mas também somos divinos, porque fomos criados à imagem e semelhança de um Deus uno e trino, que fez o Cristo se tornar humano entre nós a fim de que aprendêssemos a assumir a divindade em nosso interior.