terça-feira, 16 de novembro de 2010
No sofrimento, onde está o amor?
Muito me pergunto qual a verdadeira relação entre sofrimento e amor? Já ouvi dizer que o sofrimento é característica dos verdadeiros amantes, mas, ao mesmo tempo, no cotidiano percebemos que, muitas vezes, os sofrimentos que trazemos nos afastam de sentimentos e ações ligados ao amor. Existe alguma ligação entre essas duas realidades ou são completamente antagônicas?
Na maioria das ocasiões em que pensamos sobre o assunto [sofrimento], vêm à nossa mente emoções e sensações ligadas à dor, a frustrações ou à ausência de prazer. Com isso, somos propensos a pensar que o sofrimento não tem ligação com o amor. Exatamente porque, quando experimentamos alguma situação de dor, talvez não consigamos identificar nela a realidade do amor. Mas fazendo uma leitura cristã – e aqui eu apoio-me em uma reflexão de Bento XVI – o sofrimento se torna um trampolim, um degrau, uma característica de quem realmente ama.
Assim diz o Santo Padre em uma das suas alocuções: “Não há amor sem sofrimento, sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade. Onde não houver algo pelo qual valha a pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor”. A partir dessa reflexão, podemos compreender que o sofrimento toma uma conotação positiva, exatamente porque ele é carregado de sentido. Dessa maneira, ele faz-nos perceber que determinada situação ou pessoa é carregada de significado para nós. Ao passo que identificamos que realmente existe o amor, temos a oportunidade de assumir as consequências dessa atitude de amar mesmo que ela traga, em determinado momento, o desafio do sofrer.
Mas esse sofrer que refletimos e que Bento XVI nos aponta, não é um sofrer passivo, pelo contrário, é um sofrer ativo. Não ficamos parados, inertes em nosso dia a dia esperando o sofrimento. É o movimento completamente diferente, a partir do momento em que caminhamos em direção a determinado objetivo, motivados pelo amor, deixamo-nos purificar pelos sofrimentos que a própria vida nos apresenta. Lembre-se: todos sofremos! Agora, depende somente de você a resposta a esse sofrimento; tenha coragem, não fuja. Esse degrau é importantíssimo para a sua felicidade. Lembre-se: sofrimentos podem se tornar degraus para o nosso crescimento.
Ao olharmos para o exemplo do Cristo percebemos que o suplício da Cruz e toda a sua humilhação só valeram a pena, só tiveram sentido porque no coração d'Ele o motor, a motivação era o amor, amor ao Pai, à Sua Vontade, amor àqueles a quem Ele foi enviado. No momento da suprema agonia podemos entender melhor essa relação entre sofrimento e amor. Jesus Cristo sofrera tanto que os Seus sentidos se fecharam em um movimento de autodefesa. Em uma súplica ao Pai, Nosso Senhor levanta a possibilidade de desistir. Mas nem de longe isso foi algo negativo, antes é uma revelação de como o sofrimento pode fechar-nos em nós mesmos, por causa do medo, algo próprio do ser humano. Apesar disso, o Senhor foi além. Aceitando a crucifixão como consequência de Sua missão, Ele ensina-nos que o coração do homem é capaz de responder de maneira responsável e consciente diante de qualquer tragédia. Cristo acolheu o Seu martírio tendo a convicção de que o mesmo amor que O levava a abraçar a morte Lhe traria novamente a Vida.
Na agonia e no mistério da Cruz conseguimos tocar no amor que dá sentido à nossa dor, à nossa agonia. Cristo Jesus amou-nos tanto que Ele passou amar a Sua Cruz, Sua Paixão.
Diante da afirmação de Bento XVI, posso perguntar a você: Deparando-se com a sua realidade hoje, pelo que vale a pena sofrer? Pelo que vale a pena encarar a dor, na esperançosa certeza de que por causa do AMOR vale a pena passar por isso?
Na certeza de que o Amor nunca decepciona e que ele é o grande sentido para as nossas vidas e nossas vocações, assumamos as consequências de amar, sabendo que, quando o sofrimento chegar, temos a oportunidade de responder de maneira positiva, usando dele (sofrimento) para sermos melhores e ajudarmos os outros a também serem, à imagem do Bom Pastor.
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Este comentário é a respeito do pretenso escandalo encontrado em diversos blogs católicos ultrareacionários, daqueles que cheiram mesmo a naftalina (pensei que, em pleno século XXI tinhamos conseguido nos livra deles, mas enganei-me) a respeito da missa Pré-Balada, e sobre o que escrevi ao Arcebispo de Maringá.
ResponderExcluir♥♥♥♥♥♥♥
Conforme comentei no Deus lo vult:
☻☻☻☻☻☻♥♥♥♥
Ricardo says:
20 November 2010 at 7:40 pm
☺☺☺☺☺☺
Escrevi ao Arcebispo de Maringá sobre o rasgar de vestes por partes de voces (meu comentário sobre isso foi apagado pelo Jorge ♀♀♀ – não mais o encontrei), sobre o pretenso escandalo et cetera.
Ontem recebi a resposta, mas só há pouco a li.
Ei-la:
☻☻☻☻☻☻☻☻☻☻☻☻
Em 19 de novembro de 2010 18:06, Anuar Battisti escreveu:
As missas pré balada é a missa do Ritual Romano que todo nós católicos apostólicos romanos celebramos. Apenas é celebrada com alguns simbolos, danças, para jovens….
Ninguem precisa se escandalizar com isso….
Deus te abençoe!!
D. Anuar Battisti
☻☻☻☻☻☻
Meu agradecimento foi simples, também:
♥♥♥♥♥♥♥♥
Caro D. Anuar:
Obrigado pela resposta.
Ricardo
♥♥♥♥♥♥♥♥
E agora, Jorge, como fica?
Voce escreverá ao Arcebispo questionando a interpretação DELE (em detrimento de SUA interpretação e de seus asseclas), sobre a Redemptionis Sacramentum?
Ou colocará o rabinho entre as pernas e se calará?
Ou, ainda, não publicará este meu comentário? De fanáticos como voce, meu caro, tudo espero. Até aquela ameaça (travestida de brincadeira) de um amiguinho seu chamado Olegário, de mandar um homem-bomba à paróquia de uma adversária.
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☺☺☺☺☺♥♥♥♥
Ricardo says:
20 November 2010 at 7:41 pm
Em tempo:
O email do Arcebispo é:
anuarbat@gmail.com
Escrevam a ele, se duvidam de mim.
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Ao invés de ficarem discutindo, acusando e procurando argumentos maldosos... certos cristãos poderiam arregassar as mangas e ir em missão. A missa pré-balada, nada mais foi que um espetáculo.. onde eu vi jovens em missão, indo em busca de outros que ainda não conhecem ou ainda não tiveram experiência de Deus.
ResponderExcluirObrigado à todos que contribuíram para que a missa fosse uma benção!
Um grande abraço à todos.
Que Deus abençoe todos que participaram da Missa Pre Balada, ou melhor, missa de encerramento do primeiro triduo de evangelização jovem de nossa paroquia. mesmo com comentarios e duvidas sobre o que seria feito nesta missa, ela foi realizada com grande amor e cumprindo todos os ritos da santa missa, os jovens amaram e sentiram-se acolhidos em sua singularidade...que possamos participar de muitas missas como essas...alem é claro de comentarios de muitos pais agradecendo o trabalho de missao evangelizadora. obrigada a todos
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